O Chefe das Nações Unidas comunicou que Israel vai causar um desastre humanitário se atacar Rafah, cidade palestina localizada no Sul da Faixa de Gaza, que serve como refúgio para os palestinos. Essa é a única que ainda não foi invadida por tropas israelenses.
A cidade de Rafah virou o último local de refúgio para quem escapou dos bombardeios de Israel que já duram mais de cinco meses e devastaram o Norte da Faixa de Gaza. Já são mais de 30 mil pessoas mortas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que “mulheres e crianças palestinas estão presas em um pesadelo sem fim” e que “famílias inteiras foram aniquiladas”.
As declarações foram feitas no Egito, em uma visita à passagem de Rafah. Foi mais uma tentativa de afastar o premiê israelense da decisão de lançar uma ofensiva contra a cidade sob o pretexto de caçar terroristas do Hamas. Benjamin Netanyahu disse que pretende atacar a cidade com ou sem o apoio dos Estados Unidos.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que bombardeios israelenses mataram 19 palestinos perto de um comboio de ajuda humanitária, neste sábado (23).
Israel negou o ataque. Uma proposta dos EUA de cessar-fogo na Faixa de Gaza foi barrada na ONU pela Rússia e pela China porque não falava em efeito imediato e também não contemplava proteção à cidade de Rafah.
A ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza não é suficiente. A fome é uma realidade que a população está enfrentando. A ONU voltou a alertar que metade da população palestina do território está no nível mais crítico de insegurança alimentar.