Jornal da Band

China proíbe transações com criptomoedas no país; valor do Bitcoin cai

Governo alega que ativos não rastreáveis facilitam atividades ilegais e representam um risco à segurança nacional

Eduardo Barão, do Jornal da Band

A China declarou ilegal toda e qualquer transação com criptomoedas, como o Bitcoin.

O anúncio derrubou as cotações das mais de 9 mil criptomoedas existentes no mercado. A mais famosa delas - o Bitcoin - caiu mais de 5%.

A cruzada da China se acirrou nesta sexta-feira (24), depois que o equivalente ao Banco Central chinês declarou que todas as transações com criptomoedas são considedadas ilegais.

Na prática, isso impede 1,4 bilhão de chineses de negociar esse tipo de ativo, mesmo em plataformas no exterior.

Desde maio, bancos e aplicativos chineses já estavam proibidos de oferecer aos clientes qualquer forma de pagamento em criptomoedas. A China alega que ativos não rastreáveis facilitam a lavagem de dinheiro e atividades ilegais e representam um risco à segurança nacional.

A tentativa de acabar com esse mercado levou o gigante asiático a lançar o yuan digital em abril, que pouco tem em comum com os rivais além do nome.

O mercado das criptomoedas, que movimenta 2 trilhões de dólares, preocupa autoridades em todo o mundo.

Reguladores do sistema financeiro dos Estados Unidos vem se reunindo nos últimos meses para traçar caminhos para tentar regulamentar as moedas virtuais, que viraram um verdadeira febre.

Até agora apenas um país foi na contramão do receio. Em setembro, El Salvador - país pobre da América Central - foi o primeiro a aceitar o bitcoin como moeda oficial.

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