Cliente pode ser ressarcido por banco em caso de crime por Pix

Valor pode ser devolvido pelo banco, se operação tiver sido criminosa

Da Redação, com Jornal da Band

Valor pode ser devolvido pelo banco, se operação tiver sido criminosa Reprodução
Valor pode ser devolvido pelo banco, se operação tiver sido criminosa
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Sérgio Perez foi vítima de um sequestro relâmpago em Salvador. O objetivo dos bandidos era roubar dinheiro do motorista de aplicativo fazendo um Pix pelo celular dele. Sérgio conta que os criminosos armados exigiram a transferência de 1 mil reais e tinham uma máquina de pagamento.

“O tamanho dela é menor que um celular, quadradinha”, conta. “Eles usaram uma máquina de aproximação, além do QR code. Eu já estava pronto para a morte.”

O motorista foi achado pela polícia horas após o crime, amarrado dentro do porta-malas do carro.

Em situações como essas, o prejuízo financeiro é o que menos importa. Mas o valor pode ser devolvido pelo banco, se a operação pelo Pix tiver sido fruto de um crime. Como o Banco Central controla as transferências, é possível rastrear o dinheiro.

Para casos assim, a advogada Ana Paula Moraes recomenda, em primeiro lugar, o registro de um Boletim de Ocorrência para ser levado a uma agência bancária.

“Caso a agência não dê providência à sua solicitação através do setor antifraude, você mantenha contato pelo telefone 145 com o Banco Central. A gente tem que lembrar que toda instituição financeira possui um seguro para esse tipo de situação”, orienta.

Cada caso é analisado separadamente pelos bancos, e se o cliente não for ressarcido, pode procurar a Justiça.

À noite e de madrugada, os bancos são obrigados a limitar as transferências via Pix ao mesmo limite usado para as operações com o cartão de débito do cliente. Mas dependendo da instituição, a pessoa também pode pedir para alterar o valor máximo para as transações.

Ana Paula alerta que é preciso redobrar os cuidados com golpes na internet – que, em 2020, aumentaram 400%. Na hora de receber Pix de desconhecidos, fornecer a chave aleatória pode ser a melhor opção.

“A nossa sugestão sempre é que não utilize CPF, e-mail, telefone celular como chave de PIX, utilizando sempre a chave aleatória e tendo no seu telefone celular uma tela com bloqueio de senha”, sugere.

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