Além das conhecidas "mulas", como são conhecidas as pessoas pagas para embarcar com drogas em voos comerciais, aviões particulares têm sido cada vez mais usados por traficantes na rota entre Brasil e Europa.
O crime organizado tem usado jatinhos para o transporte de muita droga, assim como acontece nos portos. O caso mais recente aconteceu nesta quarta-feira (4), quando a Polícia Federal encontrou 1,3 tonelada de cocaína em um avião particular que sairia de Fortaleza com destino a Bruxelas, na Bélgica.
O carregamento que havia sido embarcado em uma escala em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, área de domínio do PCC (Primeiro Comando da Capital), seria vendido na Europa por 45 milhões de euros.
Um passageiro espanhol que seria o dono da droga e o piloto turco da aeronave de mesma nacionalidade acabaram presos em flagrante na capital cearense.
A estratégia tem sido cada vez mais usada por traficantes para tentar mandar cocaína para a Europa. Em fevereiro, policiais federais encontraram 578 kg de drogas no aeroporto de Salvador, em um jato de uma companhia portuguesa. O carregamento também vinha do interior paulista.
Por lei, os aviões e passageiros de voos executivos precisam passar pelos mesmo procedimentos de segurança nos aeroportos usados nos voos de carreira. A Polícia Federal investiga se as quadrilhas estão contando com a ajuda de funcionários dos terminais para embarcar as grandes quantidades de drogas sem passar pela fiscalização.