Comando da CPI da Pandemia diz que há provas para pedir indiciamento de Pazuello

Depoimento de Marcellus Campelo, ex-secretário de saúde do Amazonas, lançou mais suspeitas sobre o governo federal

Da Redação, com Jornal da Band

Governistas esperavam que o depoimento de Marcellus Campelo tirasse o Planalto do foco da CPI da Pandemia, mas o ex-secretário de saúde do Amazonas lançou mais suspeitas sobre o governo federal. Campelo disse que Eduardo Pazuello foi informado sobre a falta de oxigênio em Manaus 3 dias antes do que o ex-ministro afirmou à comissão. 

“Meia-noite do dia 8 [de janeiro], entre 7 e 8. Foi feita uma ligação ao ministro, pedindo apoio logístico para o oxigênio, explicando a situação, o pedido que a White Martins me fez”, declarou o ex-secretário. 

Com isso, o comando da comissão no Senado diz que há provas para pedir o indiciamento de Pazuello. Governistas já falam nos bastidores em um relatório paralelo para tentar inocentar o ex-ministro. As informações são de Caiã Messina, no Jornal da Band.

Campelo pediu demissão no início de junho, depois que foi detido por denúncias de desvio de dinheiro na construção de um hospital de campanha em Manaus. Aliados ao governo ressaltaram que a situação no Amazonas já era critica antes da pandemia. O ex-secretário também desmentiu a secretária de gestão do ministério da saúde e disse que Mayra Pinheiro pressionou pelo tratamento precoce contra a Covid-19. 
 
“Vimos uma ênfase da doutora Mayra Pinheiro em relação ao tratamento precoce e relatando um novo sistema que poderia ser utilizado e que seria apresentado oportunamente. Chamava-se TrateCov”, relembrou Campelo. 
 
Nesta quarta-feira (16), está previsto o depoimento do ex-governador do Rio de janeiro Wilson Witzel. Na noite desta terça, o ministro do STF Nunes Marques autorizou que o ex-juiz não compareça para depor na CPI e, se for, terá o direito de ficar calado para não se incriminar. 

Witzel afirmou que vai à comissão do Senado. 

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