Foi instalada nesta quinta-feira, na Câmara dos Deputados, a comissão que vai debater uma impressão do voto na eleição do Brasil. As informações são do Jornal da Band.
A comissão especial vai discutir a proposta apresentada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que torna obrigatória a impressão de cédulas em papel nas eleições.
“Após votar na urna eletrônica, o eleitor pede para imprimir. Ele confere o voto impresso, dá o OK. O papel cai na urna. Ele não leva para casa, ele não vai ter que prestar conta para ninguém”, explicou a deputada.
A instalação da comissão foi comemorada pela base governista na Câmara. Um dos maiores defensores da ideia, Bolsonaro já chegou a afirmar que, se não houver voto impresso, não deve ter eleição em 2022.
Para valer nas próximas eleições, as alterações devem ser aprovadas até outubro. Por se tratar de mudança na Constituição, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ainda precisa ser aprovada em dois turnos pelo plenário da Câmara. Em seguida, segue para o Senado, onde passa pela Comissão de Constituição e Justiça e duas votações, também em plenário.
No dia que marcou o aniversário de 25 anos da urna eletrônica, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, garantiu que o voto eletrônico é seguro e transparente.
“Tem sido parte da solução, assegurando um sistema íntegro e que tem permitido a alternância de poder, sem que jamais se tenha questionado de maneira documentada e efetiva”, afirmou Barroso.
Nesta sexta-feira, o TSE vai lançar uma campanha para mostrar à população a credibilidade da urna eletrônica. E explicar que, mesmo sem impressão, os votos são auditados.