Como delator, Cid detalhará atuação dos generais Heleno e Ramos à PF

Delegados da Polícia Federal afirmam que Mauro Cid se comprometeu a dizer tudo o que sabe, inclusive apontar outros envolvidos

Da redação

A Polícia Federal (PF) pode ouvir, ainda nesta semana, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Este será o primeiro depoimento do militar na condição de delator.

Peritos e delegados da PF reforçaram o trabalho de coleta de dados no celular de Cid e de elementos nos relatos já prestados. A intenção é cruzar informações de cada passo dele e dos auxiliares na Ajudância de Ordens para rastrear o caminho do dinheiro da venda de joias que Bolsonaro ganhou de governos estrangeiros.

Sobre as tratativas para um possível golpe de Estado, Cid avisou aos investigadores que detalhará a atuação do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e do general Luiz Eduardo Ramos, ex-chefe da Casa Civil.

Depoimento até sexta (15)

A expectativa é de que Cid seja ouvido na condição de delator até sexta-feira (15). Delegados afirmam que o militar se comprometeu a dizer tudo o que sabe, inclusive apontar outros envolvidos. A partir do que for revelado, a PF não descarta operações de busca e apreensão envolvendo novos alvos.

Em outra investigação o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de liberdade provisória de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Silvinei não vai delatar

Silvinei está preso há pouco mais de um mês, suspeito de tentar interferir nas eleições do ano passado. Em entrevista ao BandNews TV, o advogado dele, Eduardo Nostrani Simão, negou a intenção de fechar uma delação premiada.

“Seria inventar uma história, um fato que não ocorreu. Por isso que seria impossível”

A avaliação no supremo é que, fora da prisão, Silvinei poderia atrapalhar as investigações.

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