Quem faz compras frequentemente está acostumado a acompanhar a subida e a queda dos preços. É o caso da diarista Isabel Cristina da Silva, que tem o hábito de ir ao supermercado comprar carne e legumes para fazer marmitas para ela e os dois filhos.
“Baixou bastante coisa. Algumas subiram, como tomate batata. Têm subido e descido. Já a carne baixou bastante”, disse a diarista.
Com o custo mais baixo, ela consegue aumentar a quantidade de itens no carrinho. Como exemplo, Isabel cita o preço do acém, carne que comprava a R$ 60 em janeiro, mas que, agora, custa R$ 30.
Você pegava no acém R$ 60 em janeiro. Hoje, está R$ 30. Deixa R$ 30 para você acrescentar em outras coisas, coisas que são necessárias, mas que são um pouquinho mais caras, e que você já consegue trazer para dentro de casa (Isabel Cristina)
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) confirma essa percepção. De janeiro a junho, a carne bovina caiu 8%. O frango congelado, quase 6%. O pernil, mais de 2%. Com isso, o consumo nos lares brasileiros cresceu 2,47% no semestre.
De acordo com Márcio Milan, vice-presidente Abras, a tendência é de mais redução no segundo semestre.
[A queda é] principalmente da carne bovina, que tem tendência de queda para os próximos meses, até porque nós estamos em meio a uma safra dos grãos. Então, nesse período, também o preço do grão tende a baixar. Isso faz com que a tendência das carnes, tanto frango, como suíno e o bovino, seja de queda no geral (Márcio Milan)
Entre os outros destaques da pesquisa estão a queda do óleo de soja, em 24%, da cebola, em 43%, e da batata, em 4%. Entre os itens de hortifrúti, o tomate aumentou 4%, e os ovos, 16%.