Enquanto o governo ainda estuda medidas para incentivar a economia de energia, na vida real, os consumidores já correm atrás de como reduzir essa despesa por conta própria.
Com a conta de luz pesando no bolso, muita gente já começou a adotar novos hábitos.
"Mudando o horário do banho, né. Tirando tudo da tomada, exceto a geladeira”, disse o técnico em logística Raimundo Ribeiro. “As luzes apagadas quando não tem ninguém. Lavar roupa uma vez só na semana", completa a educadora Rosa Vasconcelos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica manteve a bandeira vermelha 2 na conta de luz em setembro. O valor adicional, ainda a ser anunciado, deve ficar entre R$ 15 e R$ 25 por 100 kWh – atualmente é de R$ 9,49
O governo estuda dar descontos aos consumidores domésticos e empresas que conseguirem diminuir o consumo, principalmente nos horários de pico.
Esses benefícios tentam frear o consumo a partir de setembro. O Operador Nacional do Sistema já fez um alerta: a partir de outubro, a atual geração de energia elétrica não vai ser suficiente para atender a demanda. Se, até lá, o cenário não mudar, será necessário contratar novas termelétricas.
Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que abastecem grande parte do país, estão com 23% da capacidade total. Para o fim de setembro, a projeção não é boa: o nível deve cair para 15%.
O governo continua a afirmar que não vai haver racionamento nem apagão no País.