O Ministério da Saúde prometeu abrir nesta quinta-feira (23) a consulta pública sobre a vacinação para crianças entre 5 e 11 anos, mas ela não começou até o momento. Isso torna o tempo ainda menor, já que há dois feriados até o prazo final, 2 de janeiro de 2022.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a dizer que não tem pressa. “A faixa etária de 5 a 11 anos é onde se verifica menos óbitos, em decorrência da Covid-19. Cada vida é importante, nós lamentamos por todas as vidas”, disse.
“Agora, a administração pública e particularmente o Ministério da Saúde tem que tomar as suas decisões com base nas evidências científicas”, completou. Porém, a evidência científica disponível é a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável por verificar a eficácia e segurança dos imunizantes.
Dois dias antes da decisão pela consulta pública, houve uma reunião no Ministério da Saúde com médicos que são contrários à vacinação infantil. Uma das participantes foi Mayra Pinheiro, conhecida como capitã Cloroquina, que defendeu o uso de remédios ineficazes para combater o novo coronavírus e foi indiciada pela CPI da Pandemia.
Especialistas afirmam que, das doenças preveníveis com vacina, a Covid-19 é a que mais mata crianças. “Ainda que elas não morram, tendo Covid, elas também são suscetíveis a uma síndrome inflamatória, que é muito grave”, alertou o infectologista Jamal Suleiman.
“[Elas também] são suscetíveis a Covid de longa duração, que traz um impacto na vida dessas crianças muito severo. Vai limitar suas atividades de crescimento e que não faz sentido. Você tem uma vacina!”, concluiu indignado.
