Em Belo Horizonte, a inflação subiu mais do que a média do pais. A energia elétrica foi o que mais pesou. Para quem tem contas altas a pagar, o jeito é procurar alternativas.
John Castaño é dono de um salão de beleza na região da Pampulha. Com tantos equipamentos que consomem energia, somados à bandeira de escassez hídrica, a conta no fim do mês pesa no orçamento.
“A luz ligada só o que é preciso, no momento certo. Mas mesmo assim, a gente sente que uma hora vai ter que fazer o repasse”, lamenta o empresário.
O custo de vida na capita mineira avançou 1,31% no mês de setembro. A energia elétrica foi o fator que mais contribuiu para este aumento: uma alta de 6,61% no mês.
Por isso, muita gente está investindo em sistemas de placas solares para reduzir a conta da energia elétrica.
“Nesse último ano, a procura nossa aumentou bastante”, conta Filipe Oliveira, diretor de vendas de uma empresa do setor. “Vamos dizer assim, uns 200% do (período) antes da pandemia, de 2019.”
E para quem quer buscar uma ajudinha do Sol, os especialistas dão dicas. Para o engenheiro eletricista Jean Diniz, o investimento em painéis solares logo se paga.
“Como faria um salão de beleza, um consumidor que está em casa? Ele chegaria no banco, buscaria um crédito de energia renovável, e aí o valor que ele paga para a distribuidora de energia elétrica, ele pagaria para o banco. Qual a diferença? Para a concessionária de energia elétrica, ele vai ficar pagando a vida inteira. Para o banco, ele paga três, quatro, cinco anos, depois acabou”, explica.