Número de vagas para trabalhar nas escolas de samba do Rio aumenta

Mesmo sem a garantia de realização do Carnaval 2022, a movimentação na Cidade do Samba já é intensa

Mariana Procópio, Jornal da Band

No Rio de Janeiro, o carnaval já está movimentando a economia local com força.

Dos 52 anos de vida, são 31 foram dedicados ao carnaval carioca. Roberto Romário é um dos operários da folia - responsável pelo setor de ferragem da Portela. Mas, nesse ano, sem a festa, trabalhou como motoboy até voltar pro barracão, no mês passado.

“Você não via nada na Cidade do Samba, era uma tristeza imensa. Mas hoje, vendo as pessoas de volta, a gente já vê um sorriso dentro do olhar”, alegrou-se o operário.

Na capital fluminense, a prefeitura afirmou que trabalha para que o Carnaval ocorra sem restrições, mas tudo depende do avanço da vacinação.

Mesmo sem a garantia de realização da folia em 2022, a movimentação na Cidade do Samba já é intensa. Em todos os barracões das escolas do grupo especial, há pessoas trabalhando. A expectativa é de 3 mil profissionais atuando até o fim do ano. Mas o número de empregos gerados empregos diretos e indiretos gerados até o Carnaval é bem maior, cerca de 30 mil.

“Nós temos hoje uma quantidade de ferreiros de 9 a 10 já trabalhando. Em breve, vamos começar um trabalho de madeira, aí vem a equipe de madeira. Lá em cima, nós temos aderecistas fazendo fantasias, costureiras”, explicou Fábio Pavão, vice-presidente da Portela.

Na próxima quinta-feira (14), todos os 20.200 ingressos da arquibancada e de cadeiras individuais da marquês de Sapucaí serão colocados à venda - sem restrição.

“Se a Anvisa ou alguém disser: 'Olha aí, vai ter que diminuir 20%, o Carnaval já está automaticamente transferido para o mês de julho”, garante Jorge Perlingeiro, presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa).

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