O governo de Cuba enfrenta os maiores protestos contra a ditadura em 30 anos. O presidente americano Joe Biden manifestou apoio aos atos, que foram reprimidos.
Gritando por liberdade e pedindo vacina, milhares de cubanos saíram às ruas para realizar um raro protesto contra a ditadura do Partido Comunista. Foi o maior ato popular em 30 anos na Ilha, que tem sofrido com a escassez de comida e remédios.
Apesar de ter uma medicina avançada, Cuba vive o pico da Covid-19 com hospitais perto do colapso e apagões diários de energia.
A paralisia no turismo e dos voos internacionais que levavam remessas de dólares de parentes que vivem no exterior fizeram a economia sofrer ainda mais.
Mercados foram saqueados e carros queimados.
Mesmo com as informações sendo controladas pelo governo, algumas imagens flagraram manifestantes sendo presos por homens do exército.
Em pronunciamento à nação, o presidente Miguel Diaz-Canel disse que os manifestantes tiveram a resposta que mereciam. Ele pediu aos cubanos que defendam e revolução e acusou os Estados Unidos de estarem por trás dos protestos.
Já o presidente americano Joe Biden disse que as manifestações dos cubanos por liberdade são memoráveis e fez um apelo ao governo da ilha para que não use a violência para silenciá-los.
Dissidentes cubanos que moram na Flórida também realizaram protestos contra a ditadura e pediram a abertura de um corredor humanitário com o objetivo de levar medicamentos à população.
Mas o governo em Havana recusou a proposta dizendo que está recebendo doações de remédios de outros 20 países.
Os protestos ocorrem meses depois de Raul Castro, irmão de Fidel, passar o comando do Partido Comunista para as mãos do atual presidente Diaz-Canel.
Análise: protestos em Cuba são motivados por múltiplos fatores