Cúpula do Mercosul não assina acordo com UE e alerta sobre Venezuela x Guiana

Em relação à Venezuela e Guiana, a declaração assinada pelo bloco defende uma solução pacífica para a crise de “ambas as partes”

Da redação

Cúpula do Mercosul não assina acordo com UE e alerta sobre Venezuela x Guiana
Cúpula do Mercosul encerra sem acordo com União Europeia
Reuters

A Cúpula do Mercosul acabou com o sentimento de frustação pela não assinatura do acordo de livre comércio com a União Europeia (UE). Além disso, os líderes divulgaram uma declaração sobre a tensão entre a Venezuela e Guiana, devido à ameaça de Nicolás Maduro anexar parte do território guianês.

Quando ao acordo com a UE, o tratado foi negociado há mais de duas décadas. Chegou a ser colocado na mesa em 2019, mas não saiu do papel até hoje.

Os sul-americanos reclamam do protecionismo econômico dos europeus, enquanto os países da UE desconfiam da credibilidade dos órgãos de controle ambiental dos membros do Mercosul.

Em relação à Venezuela e Guiana, a declaração assinada pelo bloco defende uma solução pacífica para a crise de “ambas as partes”. O texto defende que a América Latina deve ser um território de paz.

“Nesse contexto, alertam sobre ações unilaterais que devem ser evitadas, pois adicionam tensão, e instam ambas as partes ao diálogo e à busca de uma solução pacífica da controvérsia, a fim de evitar ações e iniciativas unilaterais que possam agravá-la”, diz trecho da declaração.

O ministro das Relações Exteriores, mauro Vieira, disse que houve avanços nas negociações e que o acordo pode ser assinado até janeiro.

O encontro dos líderes sul-americanos ratificou a entrada da Bolívia no Mercosul e confirmou um acordo de livre comércio com Singapura. Teve ainda o lançamento de um programa de financiamento de R$ 50 bilhões, dos quais R$ 15 bilhões são do BNDES, para obras de infraestrutura de integração entre os países do bloco.

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