Pelo Brasil, é bom saber onde procurar as oportunidades.
No Rio de Janeiro, a indústria naval está gerando empregos e deve gerar muito mais nos próximos anos. Nos primeiros quatro meses de 2021, o saldo do estado foi de 778 novas vagas com carteira assinada. Segundo a Firjan, até 2030, devem entrar em operação 57 unidades de exploração de petróleo o gás, cada uma com quatro embarcações, que vão precisar de centenas de funcionários – desde profissionais administrativos até técnicos e engenheiros.
Em Minas Gerais, a mineração é um setor que precisa de mão-de-obra. Com o minério de ferro valorizado, o mercado está aquecido. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração, empresas estão investindo na produção e devem gerar de 12 mil a 15 mil empregos diretos e indiretos em pelo menos cinco anos. De gestores até operários e motoristas especializados.
No Rio Grande do Sul, que colheu uma safra recorde de soja, cresceram as oportunidades de emprego em empresas ligadas ao agronegócio. Só no setor de agricultura de precisão, segundo o sindicato das indústrias de máquinas, mais de 3 mil pessoas serão contratadas até o final do ano. Há também vagas ligadas à pecuária que foi responsável por quase sete mil contratações no primeiro trimestre de 2021.
Mas não adianta a empresa contratar se não conseguir capacitar. Pequenas e médias empresas entenderam que apostar no funcionário é ganho para o patrão.
“Dentro do pacote de benefícios do colaborador, a gente tem um incentivo a educação e cultura, que é fixo. É um valor fixos, para todos os colaboradores poderem utilizar”, exemplifica Thiago Duarte, líder de aquisição da Fluke, uma startup do ramo das comunicações. A companhia teve muita dificuldade para contratar profissionais de tecnologia, e só quando investiu em cursos para quem tem potencial é que a operadora passou a ter mais sucesso.
Hoje, um em cada três jovens de 18 a 24 anos está desempregado, segundo o IBGE. Nunca foi tão difícil, principalmente para quem ainda não tem um currículo vasto.
Luana Rosa Amaro, de 18 anos, saiu dessa estatística: conseguiu emprego como operadora de telemarketing e conta o segredo.
“Eu fazia curso de administração para preencher planilha, Windows”, explica.
E dá para se capacitar online para tentar empregos em todas as áreas. Se você quer trabalhar com alimentação ou restaurantes, por exemplo, tem curso. Se quer atender bem clientes no comércio também tem. Há cursos pagos e muitos gratuitos. Tudo para aumentar as chances de conquistar uma vaga.
O portal Todos Por Todos, do governo federal, tem vários cursos de capacitação à distância e muitas ferramentas para ajudar quem busca um espaço no mercado. O governo de São Paulo oferece o site Via Rápida, onde o interessado pode encontrar cursos gratuitos em várias áreas, inclusive tecnologia. E ainda há a chance de conseguir uma bolsa auxílio.
Há também o portal 1 Milhão de Oportunidades, iniciativa do Unicef e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para ajudar jovens brasileiros a se capacitar, e que também oferece vagas de trabalho.
Rafael Araújo tem 17 anos, e conseguiu um emprego como atendente de cobrança mesmo em meio à pandemia.
“Meu sonho para o futuro é fazer faculdade, terminar os estudos, dar uma condição melhor para a minha família”, conta o jovem.
Mas é só o começo para esse futuro estudante de Direito. A fase difícil vai passar – para ele e milhões de jovens sonhadores.
