No meio do Atlântico, a 1600 quilômetros da Costa Portuguesa, o Arquipélago dos Açores tem nove ilhas e a maior delas, a de São Miguel, apresenta uma natureza deslumbrante aos turistas. Conhecida também como 'Ilha Verde', o local é repleto de pastos e montanhas cobertas de vegetação.
Nuno Cordeiro, guia turístico na Ilha de São Miguel, é quase uma enciclopédia açoriana. Ele conta que todas as ilhas do arquipélago são de origem vulcânica. "As crateras nós temos são de origem vulcânica, as lagoas que nós temos são de origem vulcânica, a areia das praias, e depois virá as nascentes de água quente, as fumarolas que trazem até a superfície a força dos vulcões", conta.
A ilha também é conhecida pelas trilhas, que atraem aventureiros do mundo todo. Em ritmo acelerado, se leva 15 minutos para chegar a um dos locais mais incríveis de Açores. É a Grota do Inferno.
Os poucos turistas que se aventuram são recompensados com uma janela de céu aberto. A vista é de arrepiar. Cláudia e Filipe, turistas que acompanhavam a trilha, se encantaram com o visual das montanhas e lagoas. "Eles têm um imenso respeito pela natureza. Como sou madeirense, é uma coisa que não se nota tanto na Madeira. Acho que aqui continuam a preservar os valores ambientais", diz Cláudia Cardoso.
À beira-mar, paisagem é formada por rochas escuras
Na costa ocidental da Ilha de São Miguel, a paisagem de rochas escuras lembra até um cenário de ficção científica. Nuno Cordeiro explica o porquê de tal paisagem. "É uma zona de um delta lávico que se estendeu aqui para o mar, devido à erupção vulcânica, e Ferraria vem devido à água quente", diz.
É ali que há o Arco da Ferraria, mais uma de tantas formações vulcânicas, rochosas, aqui na Ilha de São Miguel. Seguindo por um acesso em largos degraus, uma rápida caminhada leva até uma piscina natural. Para entrar na piscina, é preciso estar atento ao momento do dia, porque com a maré baixa, a água fica quente demais e na maré alta, é um gelo só.