De plano de saúde a creche: cuidar dos pets exige planejamento dos tutores

Atentos ao mercado, diversos negócios voltados aos animais surgiram, gerando bilhões de reais no Brasil

Por Joana Treptow

De plano de saúde a creche: cuidar dos pets exige planejamento dos tutores
Negócios voltados aos pets fazem sucesso
Reprodução/Jornal da Band

Para ter um animal de estimação, é preciso ter dinheiro e planejar o orçamento para que as despesas com o pet não pesem tanto no bolso. Atualmente, os gastos vão muito além da ração, banho e tosa. De olho neste mercado, surgiram vários negócios para os pets, girando bilhões de reais no Brasil. 

Um exemplo são as diversas creches para animais. Tatiana Nassif, que abriu a Adventurepet há 10 anos, criou o negócio com o mesmo conceito da creche para humanos. O lugar serve para os animais passarem o dia, comendo, tomando banho, descansando e brincando com outros cachorros. 

Tatiana, que é psicóloga especializada em comportamento animal, explica como o negócio funciona. “A busca dos tutores por um profissional ocorre quando há uma queixa, mas é bom prevenir e preparar os donos para terem um cachorro. Oferecemos também estimulação, socialização e gasto de energia de acordo com a necessidade dos cães”, pontua. 

O pacote mínimo na creche animal de Tatiana, com dois dias por semana, custa R$ 800 por mês. Maria Isabel Landim, que leva a Zazá para a creche todos os dias, fechou o pacote pensando no bem-estar animal. “Ela gosta de vir para ter companhia”, diz. 

Planos de saúde para pets estão cada vez mais populares

Um serviço típico para humanos agora é aposta de um dos maiores grupos de negócios pet para crescer. A Petlove investe em planos de saúde para os animais, algo que está crescendo e ficando popular no Brasil. 

Segundo Talita Lacerda, CEO da empresa, atualmente apenas 0,3% da população pet no Brasil tem um plano de saúde. Nos Estados Unidos, 2% e na Inglaterra, o número salta para 25%. No ano passado, o faturamento do mercado pet chegou a quase R$ 70 bilhões e pode aumentar ainda mais. 

“A gente espera faturar R$ 1,8 bilhão esse ano, isso representa um crescimento de mais de 30% no nosso negócio”, explica Talita. 

Empresários investem até em festa de aniversário pet

Quem também vê crescimento do mercado pet pela frente é a confeiteira Marina Sales. Ela prepara verdadeiros banquetes para os aniversários dos bichanos, adaptando tudo ao paladar do aniversariante. 

Por mês, Marina conta que faz em torno de 90 festas para animas, fora petiscos separados. “Queremos agora montar uma confeitaria física, como a de humanos, mas para pets. Queremos contratar funcionários até, porque sozinha está difícil de dar conta, bem difícil”, pontua. 

E uma festança precisa de registros, é claro. Bárbara Balthazar, fotógrafa, investiu este segmento e faz ensaios fotográficos de pets. “Coloco um tempo a mais no ensaio para poder dar uma atenção melhor para eles, atualmente faço três a quatro ensaios por dia”, diz. 

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