Jornal da Band

Depois de Paris e Londres, exposição de Sebastião Salgado estreia em São Paulo

Fotógrafo brasileiro é famoso no mundo todo por retratar as consequências da fome e guerra na África

Da redação

Mais de 130 países na bagagem e um olhar único para a fotografia. Sebastião Salgado fez 78 anos com mais de 40 fotos aclamadas pelo mundo todo e que se confundem com a própria história do artista. “Amazônia” é o último trabalho em campo dele, que estreia em São Paulo na próxima terça-feira, 15, no Sesc Pompeia. 

Depois de Paris e Londres, agora chegou a vez de São Paulo. A repórter Sonia Blota, da Band, destacou a honra de entrevistar Sebastião Salgado. A exposição “Amazônia” demorou sete anos para ser concluída, e valeu a pena. 

“Quando eu comecei a fazer este trabalho, ainda não existia essa grande preocupação em direção à Amazônia. Nesta exposição, têm fotografias de 1998, do início dos anos 2000, de 2009. Então, são várias épocas que representam esta exposição. Foi um total de 48 viagens à Amazônia”, compartilhou Sebastião.

A fome e a guerra na África sempre foram prioridades na vida de Sebastião. Por outro lado, o bioma do país em que nasceu é outra das metas dele. Cerca de 200 fotos compõem a exposição que mostra um mergulho na Amazônia e na vida da população local.

Em tom de brincadeira, a esposa de Sebastião revelou que a paixão pela fotografia aconteceu quando ele “roubou” a câmera dela, época em que estudava arquitetura. Aí já sabe, né? O marido ficou tão maravilhado, que nem deixou mais Lélia Wanick pegar no equipamento. 

“Ele me roubou a câmera. Eu fazia estudo de arquitetura e eu precisava de uma câmera para, justamente, fotografar os edifícios e das coisas que eu precisava para estudar. Quando Tião começou, ele pegou a minha máquina. Quando começou a ver, através das lentes, ele ficou tão maravilhado, que ele nem me deixava mais pegar na máquina”, relembrou Lélia. 

Sebastião Salgado é formado em economia com mestrado e doutorado na mesma área. O fotógrafo, antes de se consagrar no mundo, quase seguiu carreira no Banco Mundial, mas a sensibilidade pelos temas sociais o fizeram retratar as desigualdades por meio dos cliques.