Dois dias depois do desabamento do prédio em Miami, nos EUA, muitos focos de incêndio ainda atrapalham as buscas por sobreviventes. Documentos revelados neste sábado, 26, mostram que problemas na estrutura do edifício foram denunciados há três anos.
Quase três dias depois do desabamento do edifício de 12 andares em Miami, ainda não há respostas sobre os motivos da tragédia. Mas pistas começaram a aparecer. Em 2018, um consultor alertou para graves problemas no edifício. O deck da piscina tinha falhas de estrutura por erros no processo de construção, há 40 anos. O engenheiro também encontrou uma série de rachaduras em colunas e vigas do estacionamento, no subsolo.
Apesar do alerta, há três anos, a administração do condomínio só iria fazer os reparos agora. Não deu tempo. Mais de 50 dos 136 apartamentos vieram abaixo. Os investigadores vão analisar se essa foi uma das causas da tragédia.
Nas buscas por sobreviventes, as equipes de resgate têm enfrentado dois poderosos inimigos, o fogo e a fumaça. Chamas persistentes impedem o avanço dos profissionais entre os escombros.
Os bombeiros estão com dificuldades de localizar os focos e controlar os incêndios. A fumaça tóxica também é sentida do lado de fora e diminui a chance de encontrar sobreviventes. Até uma trincheira foi montada para tentar isolar as chamas, e permitir que as equipes trabalhem em outras áreas.
Enquanto os bombeiros trabalham, a angústia das famílias cresce. Desde sexta-feira, nenhuma vítima foi encontrada. Um mural com fotos dos desaparecidos foi montado na região. A população usa flores, velas e bilhetes para lembrar dos entes queridos. No total, 159 pessoas são procuradas, entre elas o garoto brasileiro Lorenzo, de cinco anos, que estava em casa com o pai na hora do desabamento. Pelo ritmo dos trabalhos, a espera por notícias pode ser longa.