O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acolheu o pedido do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, para afastar o desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

A decisão foi tomada depois que o CNJ iniciou uma investigação após o desembargador conceder prisão domiciliar a Ednaldo Freire Ferreira, conhecido como Dadá, líder de uma facção sob investigação por homicídios, tráfico de drogas, de armas de fogo e lavagem de dinheiro.

A decisão atendeu ao pedido da defesa do criminoso, com o argumento de que o traficante tem um filho autista que depende da figura paterna. Quando outro desembargador, que era responsável pelo caso, tentou reverter a soltura, horas depois, Dadá já estava foragido. O acusado cumpria pena de quinze anos e quatro meses de prisão.

O desembargador terá quinze dias para apresentar defesa. Ele ainda é investigado pelo CNJ por suspeita de alterar a idade, com objetivo de adiar a aposentadoria obrigatória.