Dólar registra queda após interesse de Trump em acordo comercial com a China

Governo chinês disse que, apesar das diferenças, os dois países possuem interesses comuns e espaço para cooperação e negociação

Eduardo Barão

O dólar despencou nos mercados internacionais, incluindo o Brasil, depois que Donald Trump sinalizou que pode negociar um acordo comercial com a China. Também no Estados Unidos, a deportação de imigrantes ilegais continua. O atual governo mantém a política que já era do anterior, mas com aperto na fiscalização.

O governo americano divulgou as primeiras imagens de imigrantes embarcando em aviões expulsos do país. O balanço oficial dos primeiros dias da gestão Trump mostra que 538 imigrantes ilegais foram presos e centenas foram deportados.

Por enquanto, os números seguem as médias da gestão de Joe Biden. Durante o último ano da gestão do democrata, mais de 271 mil estrangeiros foram deportados - sendo quase 1,9 mil brasileiros.

Além de aumentar as fiscalizações, o governo Trump adotou mais uma ação: uma portaria do departamento de segurança interna CANCELOU o status legal de mais de 1,4 milhão de refugiados, que receberam autorização para entrar no país na gestão de Biden, vindo de países como Nicarágua, Venezuela e Haiti. 

Trump também deve sancionar o projeto de lei aprovado pelo Congresso que deportará sumariamente imigrantes que forem pegos furtando, roubando e ou até em casos de agressão.

Se no cenário interno Trump foca suas atenções para as deportações em massa, externamente se mostra mais maleável para negociar, até mesmo com rivais históricos, como a China.

Depois de fazer ameaças de que voltaria a aumentar as taxas comerciais do país asiático, o presidente americano se mostrou disposto a discutir um novo acordo. A mudança de postura foi bem recebida no mercado financeiro e derrubou o valor do dólar, em todo o mundo. 

O governo chinês disse que, apesar das diferenças, os dois países possuem interesses comuns e espaço para cooperação e negociação. O aumento das taxas para a China resultaria em preços mais altos dos produtos asiáticos nas lojas aqui nos Estados Unidos, o que pressionaria a inflação.

Nesta sexta, Donald Trump visitou áreas da Carolina do Norte destruídas pelas enchentes causadas pelo furacão Helene, no ano passado, e da Califórnia, que segue enfrentando incêndios florestais fora de controle.

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