Essas são as últimas horas de descanso de Lula nas belas praias da região de Trancoso, no sul da Bahia. O Presidente eleito retorna a São Paulo amanhã, com uma série de decisões importantes pela frente.
A primeira delas: começar a escalar a equipe de transição. Os acenos para o mercado serão formalizados rapidamente. Os economistas Persio Arida e André Lara Resende, que ajudaram a criar o plano real e são historicamente ligados ao PSDB, foram chamados e devem aceitar fazer parte do grupo.
O economista Guilherme Melo, que participou do programa de governo da campanha de lula, também foi convidado. A ideia é mostrar que o próximo governo está comprometido com o rigor nas contas públicas.
Entre segunda e terça-feira, Lula conversa com os 16 partidos que participaram da coligação vitoriosa, entre eles o MDB de Simone Tebet. O presidente eleito pretende abrir espaço também para o Centrão.
A expectativa é de que pelo menos 15 das 50 vagas sejam reservadas a nomes políticos. A maioria será de técnicos. Voluntários também devem ajudar.
O presidente eleito vai entrar pessoalmente na negociação da proposta que permite a continuidade do Auxílio Brasil de 600 reais e o aumento do salário mínimo acima da inflação. Lula disse a conselheiros ter "certeza" que o congresso vai aprovar a chamada PEC da transição rapidamente.
O projeto autoriza o novo governo a descumprir o teto de gastos de maneira emergencial. O relator do orçamento do ano que vem concorda com a avaliação de lula. Acredita que a radicalização não vai tomar conta do congresso.
“Evidente que os radicais existem em todos os parlamentos do mundo e continuarão existindo aqui no brasil. Acreditamos que haverá um número expressivo desses parlamentares, mas não comporão a imensa maioria que tem à vontade só de fazer com que o brasil dê certo” afirmou Marcelo Castro, relator do orçamento.
A transição será dividida em grupos temáticos, para acelerar os trabalhos. Na área de direitos humanos, a intenção é criar no próximo governo uma secretaria de assuntos religiosos, para aumentar o diálogo com os evangélicos.
A criação do ministério da segurança pública também está nos planos. As polícias federal, rodoviária, prisional e a força nacional devem sair da justiça para a nova pasta. Assim como o controle sobre os presídios federais.