Oinegue contesta prisão preventiva de Silvinei: "Universo das possibilidades"

Silvinei comandou operações de fiscalização do transporte público de eleitores no dia da votação decisiva para a eleição

O apresentador do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de prender preventivamente o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. Na operação, realizada nesta manhã em Florianópolis, foram apreendidos celulares, computador e passaporte do ex-diretor da PRF, que é investigado por suspeita de usar máquina pública para interferir ilegalmente no segundo turno das eleições.

"Há evidências de que o ex-diretor da PRF tentou interferir nas eleições. O que explicaria uma condenação futura. Mas prisão preventiva? A preventiva é quando há risco de fuga, o crime continua ou a pessoa está interferindo na investigação. Qual é o caso aqui?", questiona o jornalista.

"Na decisão, Alexandre de Moraes escreve que, livre, ele "pode vir a comprometer" a investigação. E que, "é muito provável" que os outros depoentes policiais possam reverenciá-lo. "Pode interferir" e "provável reverência". Palavras do universo das possibilidades. Não do terreno dos fatos. A Lava Jato se perdeu quando os procuradores entraram no universo das possibilidades, criaram uma cruzada e saíram prendendo à torto e à direito antes do fim do julgamento. E dali tiravam delações pra seguir em frente. O Supremo foi vital pra limitar essa distorção. Que não pode voltar a se repetir", concluiu Oinegue.

Silvinei comandou operações de fiscalização do transporte público de eleitores no dia da votação decisiva para a eleição à Presidência da República. A ação da PRF se concentrou principalmente no Nordeste, região onde o rival do ex-presidente, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, venceu por quase 70% dos votos. 

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