Em depoimento, filha de ex de Dr. Jairinho diz que era agredida com frequência

A jovem tinha 4 anos na época e deu relato de cinco horas na delegacia

Da Redação, com Jornal da Band e BandNews FM Rio

A filha adolescente da ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, de 13 anos, foi ouvida nesta quinta-feira (25) em uma delegacia especializada no atendimento a menores vítimas de violência da Polícia Civil, no Rio de Janeiro, e deu um depoimento de 5 horas. Ela disse que era agredida frequentemente pelo político no período em que ele e a mãe dela namoraram, há oito anos. 

Na época, a menina tinha apenas quatro anos - mesma idade do menino Henry, que morreu no início do mês. Ele estava no apartamento com a mãe Monique Medeiros e o padrasto, o vereador Jairinho, do Solidariedade. 

“O que eu posso falar é que testemunho é bastante claro, lúcido e muito grave”, relatou o advogado de Leniel Borel, o pai do garoto. 

A adolescente foi localizada pelo advogado do pai de Henry Borel, Leonardo Barrero. 

Embora se trate de outro crime, as acusações apontam para um histórico violento do político contra outra criança e, por isso, serão também analisadas pela equipe que investiga a morte do menino Henry. 

A ex-namorada disse que não registrou as agressões na época por medo e revelou que foi procurada pelo político na semana passada, após dois anos sem nenhum contato e que entendeu a ligação como uma ameaça. 

O laudo do IML apontou que henry teve múltiplas lesões pelo corpo e que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração do fígado. 

O padrasto e a mãe negam qualquer violência e dizem que o menino teria caído da cama. A advogada do casal fala em perseguição. 

“Existe uma perseguição sendo dirigida. Todos os relatos, todas as pessoas que tiveram contato com Jairo, Monique e Henry relatam uma relação amorosa, de respeito”, explicou o advogado do casal, André França Barreto. 

A polícia já ouviu o casal, a empregada deles, a equipe médica que atendeu o menino no hospital, a avó materna e o pai de Henry. 

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