Em depoimento, Valdemar Costa Neto diz que nunca levou a possibilidade de golpe a sério

Investigadores dizem que Valdemar ajudou a espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas

Da redação

Em depoimento, Valdemar Costa Neto diz que nunca levou a possibilidade de golpe a sério
Valdemar Costa Neto
Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi ouvido nesta quinta-feira (12) pela Polícia Federal na investigação sobre uma tentativa de golpe de estado. Os investigadores dizem que Valdemar ajudou a espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. 

O depoimento durou pouco mais de uma hora. O político foi questionado sobre minutas golpistas encontradas na sede do PL. Disse que ele recebia diversos documentos e que nunca levou a possibilidade de golpe a sério. 

Valdemar também teve que responder sobre uma representação feita pelo PL ao Tribunal Superior Eleitoral questionando as urnas eletrônicas. Ele disse que não via ilegalidade no pedido. 

De acordo com a Polícia Federal, Valdemar sabia que “as alegações de fraude eleitoral eram falsas e, mesmo assim, as utilizou para tentar anular o resultado das eleições de 2022”. 

Outras duas pessoas prestaram depoimento à PF nesta quinta: o juis federal Sandro Nunes Vieira, que, de acordo com a PF, atuou “de forma ilegal e clandestina” na produção da representação eleitoral do PL.

Já o coronel da reserva, Marcelo Câmara, é apontado como um dos principais disseminadores de informações falsas para incentivar um golpe. O militar depôs por cerca de meia hora e respondeu todas as perguntas.

Os novos depoimentos foram uma determinação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. A intenção é conseguir novas informações que ainda podem entrar no inquérito que está com a Procuradoria Geral da República. 

A PGR só deve decidir em fevereiro se denuncia o ex-presidente Bolsonaro e outros envolvidos na investigação. 

O número de indiciados pela PF passou de 37 para 40 pessoas. Entraram na lista os militares Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo. 

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