Israel voltou a fazer um pesado bombardeio no sul do Líbano, na operação contra o grupo Hezbollah. Em resposta, mísseis contra o norte de Israel. Em dois dias, quase 600 pessoas morreram, entre elas, 50 crianças.
A ação de Israel mira alvos do sul do país e também a capital, Beirute. Em um subúrbio reduto do grupo xiita, mísseis atingiram vários prédios: seis pessoas morreram, entre elas um alto comandante do Hezbollah, Ibrahim Qubaisi, o chefe da unidade de foguetes e mísseis. Dezenas de pessoas ficaram feridas.
Em bairros controlados pelo Hezbollah, a ansiedade e o medo tomam conta. As pessoas tentam se proteger como podem porque Israel ameaça que vai expandir sua ofensiva para novos alvos.
A onda de ataques israelenses causa a migração forçada de libaneses. Mais de 16 mil fugiram do sul rumo ao norte do país. Há trânsito intenso por todas as rodovias. Quem tentou sair do país, enfrentou dificuldade. Mais de 30 voos foram cancelados durante o dia.
Em Israel, a maioria dos ataques do Hezbollah acabam interceptadas pelo sistema de defesa. Mas, os que conseguem ultrapassar a barreira fazem grandes estragos.
Não há nenhuma perspectiva de que essa frequência intensa de ataques cesse. Israel reafirmou hoje que não dará respiro para o Hezbollah nos próximos dias. Na Europa, o chefe da diplomacia diz que civis já estão pagando o preço por mais um conflito. Josep Borrel alertou que o Oriente Médio está cada vez mais próximo de uma guerra geral.