Jornal da Band

Especialistas rebatem erro de Queiroga sobre mortes por vacina

Especialistas destacam que a aplicação da vacina é segura e os efeitos colaterais são raros

Carolina Villela

Uma declaração do ministro da Saúde com informações equivocadas de mortes de pessoas vacinadas contra a Covid chamou a atenção para a avalanche de conteúdos falsos na Internet sobre o assunto. 

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga, afirmou que 4 mil mortes foram provocadas pela vacina na última segunda-feira (17). Mas um relatório de vigilância do próprio ministério aponta que foram confirmados 11 óbitos relacionados aos imunizantes. Queiroga reconheceu o erro e disse que se tratam de casos em investigação.

A maioria de disseminadoras de fake news não se retratam e nem se dão ao trabalho de checar as informações. O que não falta nos grupos de WhatsApp são fotos de crianças e adolescentes que supostamente teriam morrido ou sofrido efeitos colaterais mais graves depois de tomar a vacina. Mas especialistas contestam.

"Ela não causa morte súbita, não causa infarto, não causa derrame cerebral, não causa miocardite grave. O que causa todos esses problemas é a própria doença, Covid-19”, afirmou Ludhmila Hakkar, médica intensivista e professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP.

Especialistas também alertam que a divulgação de notícias falsas gera desconfiança e impacta no controle da pandemia.

A Sociedade Brasileira de Imunizações afirma que os efeitos colaterais das vacinas são raros.

“Você desenvolver uma trombose pela doença é muito mais frequente do que pela vacina. Você desenvolver uma inflamação cardíaca pela Covid 19 é muito mais frequente do que você desenvolver pela vacina. A relação de benefício é muito superior. Por isso, nenhum país do mundo deixou de vacinar”, afirmou Renato Kfouri, presidente da entidade.

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