
O Tribunal de Contas da União confirmou a abertura de duas novas investigações sobre obras na mansão de Pedro Guimarães bancadas pela Caixa e outra sobre a participação do ex-presidente em pelo menos 21 conselhos de administração de subsidiárias do banco.
Uma investigação aponta que a participação teria rendido mais de R$ 150 mil por mês em gratificações, quase o triplo do salário dele, que era de R$ 56 mil por mês.
Guimarães tinha perdido a regalia depois de uma mudança no regimento do banco limitando os pagamentos.
O Ministério Público do TCU afirma que a situação contraria a lei das estatais, que proíbe a participação remunerada de membros da administração, pública direta ou indireta, em mais de dois conselhos.
Pedro Guimarães pode ser enquadrado na lei de improbidade administrativa, que é quando um agente público causa danos à administração, como enriquecimento ilícito. Se for processo e condenado, ele terá que devolver o dinheiro recebido indevidamente.
Em nota, a defesa do executivo negou irregularidades. Guimarães enfrenta ainda dezenas de acusações de assédio sexual que seguem sendo investigadas. Na Caixa, a apuração dos casos vai ser acompanhada por uma empresa independente. Se as denúncias forem confirmadas, ele poderá ser processado criminalmente.