A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um novo inquérito para investigar denúncias de que testemunhas da morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, envenenado com um brigadeirão, seriam alvos de ameaças da família de Suyany Breschak, a cigana suspeita de ser a mandante do crime.
Entre as testemunhas supostamente ameaçadas, um ex-namorado da cigana, Leandro Rodrigues. Ele prestou depoimento na última quinta-feira (7). A polícia também ouviu Victor Ernesto de Souza, preso pela receptação dos bens do empresário morto.
Victor disse que Suyany “vivia de aplicar golpes e trambiques". No depoimento, também informou que a cigana falou que “auxiliou Júlia [Andrade Carthemol Pimenta, presa suspeita de matar a vítima] a ministrar as drogas que dopavam Luiz Marcelo".
Suyany também é suspeita de ter sido a mentora do sequestro do ex-marido, com quem foi casada por 13 anos, e da esposa dele, em Uberlândia, Minas Gerais, há dois anos.
A Band teve acesso a uma carta escrita pela suspeita para um homem com quem ela também tinha envolvimento. Júlia diz que o relacionamento com Luiz Marcelo era falso.
“Aquele beijo foi fingido e não passou disso, até porque ele estava sempre dopado (trecho da carta de Júlia)
No escrito, Júlia também disse que era coagida e estava sob ameaça. Na ocasião, também informou que recebia suporte da mãe e padrasto, além de pedir ajuda ao namorado.
A carta foi entregue à polícia por Jean Cavalcante, o namorado que recebeu a carta. Ele foi ouvido na segunda-feira (3), quando procurou os investigadores para contar sobre o namoro com Júlia, até então desconhecido. O documento vai passar por uma perícia.
À polícia, Jean disse que Júlia foi para casa dele, em Campo Grande, no dia 22 de maio, após deixar o prédio da vítima, onde permaneceu até o dia 27. Ela teria trocado “o chip do aparelho telefônico, com a justificativa de que estaria recebendo muitas ligações de telemarketing”.