Quando se fala em distribuição de cestas básicas, logo vem à cabeça um caminhão com a chegada dos alimentos, um depósito para armazenar e a entrega propriamente dita. Por outro lado, quando se trata de Floresta Amazônica, esse processo é muito mais complexo. A execução precisa ser feita em etapas.
O trabalho de levar mantimentos aos indígenas do território Yanomami fica a cargo do Exército com apoio da Aeronáutica e Marinha.
Difícil acesso à floresta
Um dos grandes obstáculos nessa operação é a questão do acesso. Ele só pode ser feito pelo ar. Na reportagem especial exibida pelo Jornal da Band, nesta terça-feira (12), o repórter Alex Gusmão participou da missão.
Os fardos de comidas são embarcados num avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que viaja mais de 300 quilômetros pela floresta. O destino é o 4º Pelotão de Fronteira do Exército, em Surucucu, próximo à Venezuela.
O tenente Wesley Ignacheski explicou que, em alguns casos, as cestas são arremessadas de paraquedas devido ao acesso difícil na região. Para isso, os militares desenham um alvo no chão para ajudar o piloto.
No solo, outros militares recepcionam o material e concluem mais uma etapa de todo o processo de transporte da ajuda humanitária.
15 mil cestas
Até o final de março, o Exército tem a missão de distribuir 15 mil cestas na região. Os alimentos chegarão a cerca de 27 mil ianomâmis.
“Nós passamos para uma fase em que esses êxitos alcançados possam se prolongar de uma maneira permanente para os ianomâmis. Nós iremos combater os delitos transfronteiriços, os crimes ambientais na faixa de fronteira e levaremos a assistência humanitária para os ianomâmis”, explicou o general Costa Neves, comandante militar da Amazônia.
Transporte de doentes
Muitas vezes, é preciso transportar doentes. Na aldeia onde uma jovem estava com suspeita de malária, os agentes precisaram embarcar a mulher a uma unidade do SUS especializada em saúde indígena, onde, rapidamente, foi atendida por uma enfermeira.