Uma explosão no maior centro pediátrico do na Ucrânia matou 36 pessoas nesta segunda-feira (08). O país acusa a Rússia, que nega a autoria do ataque. Moradores usaram as próprias mãos para tirar os escombros e encontrar sobreviventes.
Mais de 40 mísseis de diversos tipos foram usados, inclusive hipersônicos, que podem chegar a quase 10,000 km/h. Diversas cidades ucranianas atingidas, entre elas a capital Kiev.
A Rússia diz que os ataques foram apenas contra bases militares e nega que atacou o hospital e culpa um míssil ucraniano lançado pelo sistema de defesa pela destruição no local.
O Prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, disse que esse foi um dos piores ataques contra a cidade. Além disso, o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, solicitou uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU.
Essa ofensiva aconteceu na véspera de uma cúpula da OTAN -Aliança Militar do Atlântico Norte - que acontece nos Estados Unidos.
Já são dois anos e quatro meses de uma guerra sem qualquer perspectiva de um fim. Tanto a Rússia como a Ucrânia não estão dispostas - nesse momento - a fazerem concessões para acabar com o conflito.
Enquanto o governo de Moscou quer o controle total de quatro regiões no leste da Ucrânia - Luhansk, Donetsk, Zaporíjia e Kherson - além da garantia de que o país inimigo não vai entrar na OTAN, os ucranianos pedem a retirada total das tropas russas de seu território - incluindo a Península da Crimeia anexada em 2014 - e querem se aproximar cada vez mais do ocidente.
De 2022 para cá, mais de seis milhões de ucranianos deixaram o país como refugiados, quase todos abrigados na União Europeia.