Fiscalização na fronteira: Exército enfrenta noite, trilhas e perigo contra criminosos

Fiscalização na fronteira: patrulhas do Exército enfrentam o perigo

Da Redação, com Jornal da Band

A fiscalização do Exército na fronteira com o Paraguai é fundamental para impedir a atuação de contrabandistas e traficantes. Os criminosos costumam agir na calada na noite para burlar as patrulhas e entrar com drogas e produtos ilegais no Brasil, como mostra o repórter Rodrigo Leite na reportagem especial do Jornal da Band nesta quinta-feira (18). 

A fiscalização na fronteira ocorre todos os dias do ano, mas nesta fase da Operação Ágata, o trabalho foi intensificado em pontos considerados mais críticos. Cerca de 800 soldados do exército foram deslocados para auxiliar as demais forças de segurança, como a PRF, Polícia Federal e a Receita. As missões são definidas em uma base provisória montada em Pato Bragado, município de apenas 5 mil habitantes no oeste do Paraná. É um trabalho de inteligência para a distribuição das tropas em toda a faixa de fronteira. 

Nos últimos dois anos, o reforço das tropas na fronteira do Brasil com o Paraguai ajudou a aumentar as apreensões de drogas, produtos contrabandeados e armas na região. Em 2020 foram 66 toneladas de cigarros apreendidos, 15 vezes mais do que em 2019. 

Na Ponte Ayrton Senna, que fica sobre o Rio Paraná e liga o estado ao Mato Grosso do Sul, o trabalho é rigoroso e estratégico. O local, que fica à beira da fronteira com o Paraguai, é considerado um corredor para o crime organizado. Além do exército, a fiscalização conta com o apoio do batalhão de polícia de fronteira. 

Além das pontes, os bloqueios também ocorrem em rodovias secundárias, inclusive com a ajuda de drones. E ao anoitecer, o trabalho fica mais ainda mais perigoso e desafiador. A escuridão é uma aliada dos traficantes e contrabandistas, especialmente em estradas rurais que cortam a região. 

Na região de Guaíra, os criminosos aproveitam a escuridão para descarregar mercadorias e drogas em portos clandestinos ao longo do rio Paraná e do Lago de Itaipu. A Polícia Federal e o exército escavam grandes buracos ao longo das trilhas para tentar impedir que os locais sejam utilizados novamente. 

Depois de caminhar por 300 metros pela mata, se chega a um local bem perigoso. Estamos perto do lago de Itaipu, onde criminosos chegam com barcos. A menos de 2km, está o Paraguai. 

Na reportagem especial desta sexta (19), o combate ao tráfico e ao contrabando pela água. Criminosos usam barcos e lanchas para movimentar os produtos ilegais na calada da noite nos rios que cortam a região. E os soldados se arriscam para tentar impedi-los.

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