A Polícia Civil do Rio prendeu cinco pessoas acusadas de roubar mais de R$ 10 milhões de reais de uma mulher aposentada de 88 anos. Ela era dopada pelos golpistas, que trabalhavam como empregados.
A organização criminosa começou a atuar em 2018, quando um dos integrantes da quadrilha foi contratado pela vítima como pedreiro e depois se tornou motorista dela.
Os outros criminosos também começaram a trabalhar no sítio da idosa, em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Os bandidos então passaram a dopar a vítima com clonazepam com um remédio usado no golpe "Boa noite, Cinderela", e começaram a roubar todo patrimônio dela.
“Foi transferido, sacado, emitidos cheques de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Também foram feitos contratos de empréstimos na conta dessa idosa”, explica o delegado Márcio Mendonça.
Entre os investigados, mas que não foi alvo de mandado de prisão, está o chefe da auditoria fiscal regional da região serrana, Moacir Carvalho Correa, que faria parte do esquema. Ele teria recebido mais de R$ 100 mil, sendo que parte do valor foi repassado para outros integrantes da quadrilha.
As investigações começaram em março deste ano, quando a idosa foi hospitalizada com suspeita de traumatismo craniano. Atualmente, ela apresenta distúrbio mental, possivelmente causado pelo uso excessivo do medicamento dado pelos criminosos.
Em 2020, a quadrilha conseguiu forjar uma declaração de união estável entre a vítima e Bruno de Lima Reis, apontado como líder da quadrilha. Com isso, os criminosos passaram a vender todos os imóveis da idosa, por preços bem abaixo do valor de mercado, para receber o dinheiro mais rápido.
No total, a vítima teve um prejuízo de mais R$ 10 milhões.
Os membros principais da quadrilha vão responder por roubo qualificado, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As pessoas que cederam suas contas para as transferências vão responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro.