Gaza: bebê retirado vivo do útero da mãe morta durante bombardeio está estável

Parto emergencial foi realizado após míssil atingir a casa da família, onde mãe e pai morreram

Da redação

O bebê retirado vivo do útero da mãe morta em bombardeio, às pressas, numa cesariana de emergência, apresenta quadro clínico estável. Nascido com 1,4 kg, a criança nasceu de 30 semanas, sob o auxílio de equipamentos manuais para os médicos estimularem a respiração.

O parto foi realizado após míssil atingir a casa da família. Tanto a mãe como o pai morreram num único bombardeio na Faixa de Gaza.

Nas últimas horas, 18 pessoas morreram após bombardeios em Rafah, no sul de Gaza, das quais 14 eram crianças.

Na cidade de Khan Yunis, quase 300 corpos foram encontrados numa vala no complexo hospitalar de Nasser. Segundo as equipes de resgate, havia sinais de tortura. Militares israelenses são suspeitos de enterrarem essas pessoas.

Renúncia

Em Israel, o chefe de inteligência das Forças Armadas, Aharon Haliva, renunciou ao cargo. Ele é a primeira pessoa do alto escalão a assumir parte da culpa pela falha de evitar os ataques de 7 de outubro.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ainda não assumiu sua parcela de culpa, assim como outros políticos que integram o governo. Investigações internas, ainda que preliminares, afirmam que havia sinais de que o Hamas se preparava para um ataque, mas as lideranças do país ignoraram os alertas.

As ações do Hamas causaram cerca de 1,2 mil mortes e desencadearam, em seguida, o massacre de 34 mil palestinos por Israel.

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