
Ações da Azul e da Gol subiram, nesta quinta-feira (16), na Bolsa de Valores. O aumento acontece um dia depois do anúncio de uma possível fusão das companhias aéreas.
Em dezembro, a Latam registrou 38,6% de participação no mercado doméstico de aviação. Gol e Azul ficaram com cerca de 30% cada. Ao se unirem, elas assumem uma fatia de 61% com larga vantagem sobre a concorrente restante.
Em nota, a Azul disse que o objetivo da fusão é "o crescimento da indústria aeronáutica brasileira", "com aumento da oferta de voos".
Mesmo se a fusão for aprovada, as empresas não pretendem criar uma terceira marca diante do consumidor. Gol e Azul seguirão operando como se fossem companhias aéreas diferentes, mas sob a mesma gestão.
Agora, a proposta precisa do aval de dois órgãos federais: o Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que avalia se a concentração pode aumentar os preços ou piorar o serviço, e ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, que verifica se as operações serão mantidas com qualidade e respeito aos direitos dos passageiros. Isso demora, em média, um ano. Além disso, órgãos de defesa do consumidor podem fiscalizar e até multar as empresas.