Mesmo com suposta fusão, Gol e Azul não devem criar nova marca e operarão como cias distintas

A proposta de fusão precisa do aval de dois órgãos federais: o Cade e a ANAC

Filipe Peixoto

Mesmo com suposta fusão, Gol e Azul não devem criar nova marca e operarão como cias distintas
Aeronaves das Gol e Azul
Divulgação/Gol/Azul

Ações da Azul e da Gol subiram, nesta quinta-feira (16), na Bolsa de Valores. O aumento acontece um dia depois do anúncio de uma possível fusão das companhias aéreas. 

Em dezembro, a Latam registrou 38,6% de participação no mercado doméstico de aviação. Gol e Azul ficaram com cerca de 30% cada. Ao se unirem, elas assumem uma fatia de 61% com larga vantagem sobre a concorrente restante.

Em nota, a Azul disse que o objetivo da fusão é "o crescimento da indústria aeronáutica brasileira", "com aumento da oferta de voos".

Mesmo se a fusão for aprovada, as empresas não pretendem criar uma terceira marca diante do consumidor. Gol e Azul seguirão operando como se fossem companhias aéreas diferentes, mas sob a mesma gestão.

Agora, a proposta precisa do aval de dois órgãos federais: o Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que avalia se a concentração pode aumentar os preços ou piorar o serviço, e ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, que verifica se as operações serão mantidas com qualidade e respeito aos direitos dos passageiros. Isso demora, em média, um ano. Além disso, órgãos de defesa do consumidor podem fiscalizar e até multar as empresas.  

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