O Ministério de Minas e Energia confirmou que recebeu carta de Adriano Pires desistindo da indicação à Petrobras, por motivos pessoais.
Neste domingo, o indicado para presidir o conselho da estatal, Rodolfo Landim, já havia desistido também.
A alta no preço dos combustíveis motivou a troca no comando da Petrobras com a escolha de Adriano Pires para substituir o general Joaquim Silva e Luna. Mas o empresário e consultor teria desistido da indicação, o que mobilizou o governo.
Adriano Pires foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada para assumir o comando da estatal.
Como consultor na área, o economista atende clientes que são concorrentes ou têm parcerias com a Petrobras, o que é proibido pela legislação e pelo estatuto da empresa. O Ministério Público pediu que o Tribunal de Contas da União apure esse conflito de interesses e que seja investigada uma possível ingerência do governo federal na estatal com a troca do presidente.
Bolsonaro também indicou Rodolfo Landim para presidir o conselho de administração, mas ele afirmou que abre mão da indicação e vai se dedicar ao Flamengo, clube em que é presidente.
A eleição dos presidentes da Petrobras e do conselho de administração da estatal está previsto para o dia 13 deste mês.