Na Venezuela, cinco presos políticos foram libertos depois de um acordo entre governo e oposição. A negociação inclui também a realização de eleições em 2024 e volta de voos com imigrantes ilegais venezuelanos deportados dos Estados Unidos.
A eleição deve ocorrer no segundo semestre de 2024. Nicolás Maduro, que está no poder há 10 anos, deve concorrer à reeleição. Ele concordou que a oposição pode escolher o candidato, mas, na prática, não reverteu a decisão que impede a participação dos principais opositores, entre eles Maria Corina Machado e Henrique Capriles.
Mesmo impedida, Corina deve concorrer às prévias para definir quem irá enfrentar Maduro. Entre os presos políticos libertos, o ex-deputado Juan Requesens e o jornalista Roland Carrenho, assessor de Juan Guaidó, foram soltos.
O acordo também prevê a volta de voos com imigrantes ilegais venezuelanos deportados dos Estados Unidos. Foram mais de 380 mil que cruzaram a fronteira do México com os EUA desde 2021. O governo dos Estados Unidos também suspendeu parte das sanções econômicas ao regime de Nicolás Maduro.
De olho no preço do petróleo, afetado pelas guerras na Ucrânia e Oriente Médio, o governo norte-americano liberou as exportações de petróleo e gás da Venezuela pelos próximos 6 meses. O preço internacional do barril de óleo cru está em queda, desde que o acordo foi anunciado, mas os EUA alertaram que as sanções podem voltar caso a Venezuela não cumpra com sua parte no acordo.