O Planalto sabe que o preço dos alimentos afeta, diretamente, a sua popularidade. A carne, símbolo de campanha de Lula, teve aumento de 20% no ano passado. Por isso, técnicos da Agricultura e da Fazenda tem conversado com representantes do varejo e de frigoríficos, mas a ordem é evitar intervenção artificial nos preços.
Por enquanto, a aposta do governo está na queda do dólar e na safra recorde esperada para este ano. Lula falou sobre o tema em entrevista à Radio BandNews BH.
"Nós levamos a inflação muito a sério e ela está razoavelmente controlada. A nossa preocupação é apenas evitar que os preços dos alimentos continuem prejudicando o povo brasileiro”, disse.
Entre os remédios de longo prazo contra a inflação, estão 25 propostas que dependem de aprovação no Congresso, a maioria com foco no equilíbrio fiscal. Na lista, estão a limitação dos supersalários, a reforma da previdência dos militares e a regulamentação econômica das big techs.
"Nós temos todo o intuito, todo o espírito de ajudar nessa agenda, porque é uma agenda de país”, disse Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados.
A isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês também entra na agenda. Fernando Haddad pediu ajuste na compensação que, inicialmente, seria feita com aumento da taxação de quem recebe mais de R$ 50 mil.