Luis Antônio da Silva Braga, o chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, continua no Presídio de Segurança Máxima Bangu 1. A Justiça manteve a prisão do criminoso durante a audiência de custódia feita por videoconferência.
Sem direito a banho de sol, Zinho está detido em uma galeria com a presença de milicianos rivais, mas foi colocado em uma cela isolada. O espaço é de 6 m². O governador Cláudio Castro descartou pedir a transferência do criminoso para fora do estado.
A expectativa, agora, é pela possibilidade de um acordo de delação premiada, que pode trazer à tona informações e nomes importantes para outras investigações. Isso depende de uma negociação entre as autoridades e a defesa do miliciano.
Investigações já mostraram as ligações de Zinho com políticos, empresários e até igrejas. Este mês, uma operação da Polícia Federal (PF) teve como alvo a deputada Lucinha (PSD), apontada como "braço político" da milícia da Zona Oeste. A parlamentar foi afastada do cargo pela Justiça.
Quase 10 dias depois, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ainda não marcou a sessão, determinada pelo juiz, para que os deputados avaliassem o afastamento definitivo da deputada.
A polícia também monitora a movimentação de grupos rivais, já que a prisão de Zinho pode provocar novas disputas por territórios. Os investigadores apuram ainda a sucessão do comando da milícia.