Imagens exclusivas mostram situação de abandono de indígenas ianomâmis

Imagens exibidas no Jornal da Band desta sexta-feira (27) mostram situação de abandono de Unidade de Atendimento Médico dos ianomâmis

Da redação

Imagens obtidas com exclusividade pela Band mostram a situação de abandono no maior território indígena do Brasil, onde vivem os indígenas ianomâmis, numa reserva em Roraima. A crise alertou as autoridades brasileiras, o que fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitar o local.

As imagens exibidas no Jornal da Band desta sexta-feira (27) foram feitas na Unidade de Atendimento Médico de Surucucu, dentro do território Yanomami. Antes, o local era tido como referência. Agora, está abandonado.

A estrutura precária se resume a um barracão de madeira e chão batido. Nela, além de adultos, crianças com quatro, cinco anos e com menos de 10 kg, peso equivalente a um bebê de um ano.

Em uma gravação, é possível ver uma criança desnutrida que respira com a ajuda de um balão de oxigênio. Em outro vídeo, um adulto é acomodado em uma rede e levado em estado grave para um hospital de Boa Vista, capital de Roraima. 

A grande maioria dos ianomâmis é vítima da desnutrição e da malária, doença infecciosa transmitida por mosquitos e propagada pelo desmatamento feito pelos criminosos do garimpo ilegal. Um problema histórico, mas que foi muito agravado no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Nem mesmo o auge da pandemia da covid-19 impediu a ação do garimpo ilegal no território Yanomami, pelo contrário. A estimativa do governo é que, hoje, mais de 20 mil garimpeiros atuem na região, um aumento de 46% só em 2022, na comparação com 2021.

O território Yanomami é dividido em 386 comunidades e tem cerca de 30 mil indígenas. Nos últimos dias, ações humanitárias com apoio total das Forças Armadas têm ajudado a reduzir o sofrimento dos ianomâmis. Só nesta semana, a Força Aérea Brasileira (FAB) lançou mais de duas toneladas de alimentos e remédios na região. 

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