Inflação fora de controle, mais de 40% da população na pobreza e uma dívida que não para de crescer. É com esse cenário que os argentinos vão às urnas no domingo para o primeiro turno das eleições presidenciais.
A incerteza domina a Argentina a quatro dias da eleição presidencial mais disputada desde o retorno do país a democracia.
Nas primárias, que aconteceram em agosto, a grande surpresa foi a vitória de Javier Milei. O candidato ultraliberal venceu em 16 das 24 províncias do país.
Milei encerrou a campanha com a promessa de transformar a Argentina em uma potência mundial. Entre as propostas, está a dolarização da economia, com o fim do peso argentino e do banco central.
Em país com 138% de inflação ao ano, não há dúvida de que a economia vai às urnas e é fator decisivo para a escolha do novo presidente. O candidato do governo Sergio Massa, atual ministro da Economia, tenta se desvincular da crise.
A candidata de centro direita Patrícia Bulrich é apoiada pelo ex-presidente Mauricio Macri que falhou ao tentar melhorar a economia.
As pesquisas trazem números contraditórios: Milei varia entre 34% e 36%. Massa aparece com números entre 29% e 30% e Patrica Bulrich tem entre 23% e 25%.
Na Argentina, para vencer no primeiro turno, o candidato precisa ter 45% dos votos ou 40% com 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.