A indústria automobilística americana prevê um aumento de custos caso a sobretaxa anunciada por Donald Trump para o aço de fato entre em vigor. As taxas impostas pelo presidente americano a cadeias comerciais do aço e do alumínio não preocupam apenas os países que fornecem a matéria-prima.
Representantes da indústria automotiva dos Estados Unidos também estão apreensivos. Com as tarifas de 25%, previstas para março, o aço ficará mais caro no mercado, impactando diretamente as principais montadoras americanas.
O CEO da Ford, Jim Farley, foi até Washington para alertar o Congresso de que as novas taxas podem provocar um efeito devastador no setor. O aumento nos custos pode chegar a 60 bilhões de dólares.
Economistas acreditam que as novas tarifas sobre o aço e o alumínio vão deixar os carros novos até 6 mil dólares mais caros no país. Os empresários do setor dizem que a tributação dará uma vantagem inesperada para montadoras europeias e asiáticas.
A explicação é simples: essas montadoras já trazem os carros importados prontos de seus países de origem. A discussão vem no momento em que os preços ao consumidor seguem em alta. No acumulado dos últimos 12 meses - a inflação ficou em 3,3 por cento - acima da previsão do mercado financeiro.
Já o governo aposta na redução da máquina pública. Ao lado de Elon Musk - que chefia o departamento de eficiência governamental - o presidente Trump assinou um decreto que ordena as agências federais a montarem um plano de demissões em massa. Caberá a Musk definir onde serão feitos os cortes.