Infecção que atinge Papa Francisco é complexa e forçou a mudança no tratamento; entenda

Exames detectaram uma infeção polimicrobiana nas vias respiratórias do pontífice

Sonia Blota

Médicos decidiram mudar o tratamento do Papa Francisco depois da descoberta de uma infecção mais grave. Em Roma, fiéis acenderam velas e levaram cartazes na porta do hospital e orações foram feitas na praça São Pedro, no Vaticano, onde os turistas torcem pela recuperação do Papa. 

A piora na saúde do Papa ocorreu em um intervalo de poucas horas. Neste domingo (16), o Vaticano havia dito que o quadro clínico de Francisco era estável. E que, mesmo internado, mantinha sua rotina, incluindo conversas por telefone com líderes católicos. 

Mas, nesta segunda (17), veio a informação que preocupa a todos: exames detectaram uma infeção polimicrobiana nas vias respiratórias do Papa que, agora, segundo o Vatiano, apresenta um quadro clínico complexo, forçando uma mudança no tratamento aplicado pelos médicos. 

Infecções polimicrobianas são aquelas causadas por diversos microrganismos são aquelas causadas por diversos microrganismos, como fungos, bactérias ou parasitas, ao mesmo tempo.

“No caso do Papa Francisco, tão importante quanto a infecção polimicrobiana, é o ambiente onde ela foi adquirida, que é o ambiente hospitalar. O que significa dizer que são bactérias mais resistentes, bactérias mais agressivas e que, portanto, dá uma conotação ainda maior de gravidade para esse quadro clínico”, disse o infectologista Evaldo de Araújo ao Jornal da Band.  

Além disso, as comorbidades do Papa elevam a preocupação dos médicos. A principal delas é a ausência da parte superior do pulmão direito, que foi retirada durante uma cirurgia, quando Francisco sofreu uma grave infecção, aos 21 anos.

Os detalhes sobre o novo tratamento do Papa não foram revelados pelo Vaticano, que se limitou a dizer que Francisco continuará internado por tempo indeterminado. Ele deu entrada no hospital com uma bronquite, no dia 14 de fevereiro, depois de resistir à internação por quase duas semanas. 

A fraqueza do Papa, de 88 anos, ficou evidente em três eventos públicos neste mês. Em todos, o líder católico interrompeu e homilia por falta de ar, e coube a um assessor finalizar o discurso. 

No fim da tarde, um novo boletim médico divulgado pelo Vaticano informou que o Papa está sem febre e que agradeceu a todos que torcem pela sua melhora.  

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