Mesmo depois da enxurrada de críticas à proposta, o presidente americano Donald Trump voltou a defender a ideia de tomar o controle da Faixa de Gaza. Nesta quinta-feira (6), Israel começou o planejamento para colocar a ideia em prática.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas completou 19 dias, mas ninguém sabe até quando a trégua vai durar. Hoje, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, mandou que o exército prepare um plano para permitir o que chamou de “saída voluntária" da população de Gaza.
Depois de 15 meses de conflito e de fronteiras bloqueadas, quando até a ajuda humanitária foi bloqueada, agora Katz diz que os palestinos precisam ter liberdade de ir e vir e de imigrar, como todo mundo.
Nenhum país da região tem aberto as portas para receber os refugiados depois do plano anunciado por Donald Trump. Plano,aliás, cheio de “vai e volta” dentro do próprio governo.
Ontem à noite, assessores de Donald Trump tentaram mudar o tom. Em algumas falas, houve até contradição. A porta-voz da Casa Branca disse que o plano de Trump pegou todos de surpresa e que não tinha sido discutido com a equipe.
Depois, o secretário de Estado Marco Rubio, afirmou que Trump foi mal compreendido e que estava sendo apenas generoso, oferecendo reconstruir Gaza.
Mas, hoje, Trump insistiu: disse que Gaza seria entregue aos Estados Unidos por Israel no fim da guerra. Descartou o uso de tropas americanas e disse que “os palestinos teriam a chance de ser felizes, seguros e livres." Seria um dos empreendimentos mais espetaculares da terra, escreveu Trump”.
O Hamas se pronunciou sobre o plano americano. Em um comunicado, o grupo extremista pediu união dos árabes contra os Estados Unidos e afirmou que nenhum palestino deixará Gaza.