Apesar da trégua a tensão segue alta. Um lado acusa o outro de violar o acordo. O exército de Israel disse que três bombas foram detonadas perto de soldados em duas regiões diferentes no norte de Gaza - houve apenas ferimentos leves. O Hamas afirma que os israelenses dispararam primeiro.
Qatar, Estados Unidos e Egito trabalham para prorrogar o acordo, previsto para terminar nesta quarta-feira (29).
Desde sexta-feira, 81 reféns foram liberados, entre israelenses e de outras nacionalidades. E 170 prisioneiros palestinos também puderam voltar para casa.
Mais de 160 pessoas continuam sequestradas, mas nem todas estão com o Hamas. A bebê Shiri, de apenas 10 meses, é uma delas. De acordo com o governo de Israel, o Hamas a entregou a outro grupo que atua em Gaza. Há entre 30 e 40 reféns com a Jihad Islâmica.
Desde o início da guerra, mais de 15 mil palestinos morreram na Faixa de Gaza de acordo com o Ministério da Saúde da região, que é controlado pelo Hamas. Só que a OMS fez um alerta preocupante: se o sistema de saúde da região, que está em colapso, não for restaurado, mais pessoas podem perder a vida por doenças do que pelos bombardeios.
O aumento da entrada da ajuda humanitária nos últimos dias, permitiu que a ala de diálise do hospital Al Shifa, voltasse a funcionar. 22 dos 36 hospitais de Gaza não conseguem mais atender a quem precisa. Há uma multidão nas ruas. A crise humanitária que já é catastrófica, só tende a piorar.