Israel ignorou o cessar-fogo aprovado pela ONU, na última segunda-feira (25), e manteve os bombardeios na Faixa de Gaza nesta terça-feira (26). Nas últimas 24 horas, mas de 60 cidades foram atingidas. Em Rafah, no sul do enclave palestino, pelo menos 18 pessoas morreram. Nove eram crianças.
Sem a trégua, milhares de civis continuam na linha de tiro e com fome. Hoje, a força aérea britânica lançou mais de 10 toneladas de alimentos numa praia ao norte de Gaza. Centenas de pessoas correram em busca da ajuda humanitária, mas o desespero pela sobrevivência acabou em tragédia, com 18 mortes, das quais 12 foram por afogamento no Mediterrâneo enquanto tentavam pegar alimentos. As demais foram pisoteadas.
Líderes do Hamas pediram o fim do lançamento aéreo de ajuda humanitária, e voltaram a cobrar um corredor para a entrega de mantimentos em Gaza.
A situação dramática no território palestino foi discutida no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Pela primeira vez, um relatório de um órgão das Nações Unidas acusou Israel de cometer atos que caracterizam genocídio contra os palestinos.
Os bombardeios israelenses já deixaram mais de 30 mil mortes. Outras 12 mil pessoas estão desparecidas nos escombros. Mais de 70 mil palestinos foram feridos nos ataques de Israel.
