Jornal da Band tem acesso às joias que seriam presente para Michelle Bolsonaro

Reportagem mostra detalhes dos objetos que viraram centro de uma polêmica política no Brasil

Márcio Campos

A reportagem do Jornal da Band teve acesso às joias milionárias que seriam destinadas para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e que viraram centro de uma polêmica política no Brasil. As joias, que brilham aos olhos, custam cerca de R$ 16,5 milhões e seguem apreendidos pela Receita Federal. 

Os pingentes cravejados de diamantes dão vida ao colar feito de ouro branco. O mesmo material foi usado nos brincos, anel e relógio. Uma verdadeira obra de arte produzida por uma das mais luxuosas joalherias do mundo, que tem sede na Suíça, a Chopard. 

Segundo a Receita Federal, todo material apreendido tem três meses para ser regularizado. Neste caso, pagar a taxa de importação no valor de 50% do bem, mais multa de pelo menos 25% pela tentativa de esconder a mercadoria. Caso a joia fosse regularizada, teria que pagar à Receita Federal R$ 12 milhões. Quando a regularização não acontece, o produto é leiloado e o dinheiro vai para os cofres públicos. 

“Se as joias tivessem sido apresentadas aos auditores como um presente para o Estado brasileiro, logo na entrada no país, elas estariam livres de pagamento de tributo e seriam incorporadas ao patrimônio da União”, diz André Martins, delegado adjunto da Receita Federal. 

E era esta regularização que deveria acontecer com as joias que chegaram na bagagem do tenente Marcos Soeiro, à época assessor do ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Ele fazia parte da comitiva que voltada da Arábia Saudita, em outubro 2021 e escolheu o corredor de quem não tem nada a declarar, no Aeroporto de Guarulhos. 

Mas os fiscais desconfiaram e fizeram a fiscalização. Quando o escândalo se tornou público, o leilão foi suspenso e as joias seguem guardadas, sob forte esquema de segurança, em um cofre da Receita Federal. 

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