Judeus que vivem no Brasil estão preocupados com parentes e amigos que estão na região da guerra. Os árabes também estão apreensivos, inclusive com medo de serem estereotipados de terroristas. A reportagem da Band entrevistou membros dois grupos étnicos.
Judeu, Nilton Wainer informou que a família vive a cerca de 60 km da Faixa de Gaza, onde o conflito entre o Hamas e Israel é mais intenso.
“Os filhos e neto são reservistas do Exército, que estão agora convocados para participar da guerra. Então a tensa, a preocupação é bastante grande (Nilton Wainer, presidente do Instituto Cultural Judaico de Porto Alegre)
120 mil judeus no Brasil
A comunidade judaica, no Brasil, tem cerca de 120 mil pessoas. O maior número está em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em todo o país, entidades judaicas condenaram os ataques. Em Brasília, a bandeira de Israel foi projetada no prédio do Senado Federal.
“Eu não quero, como judia. Eu não quero, como uma pessoa que tem familiares em Israel. Eu não quero, como cidadã brasileira. Não quero, como ser humano que sou, mais uma guerra que dure no mundo”, disse a servidora pública Ilana Trombka.
200 mil palestinos no Brasil
Hoje, o Brasil é lar de quase 200 mil palestinos. A maior parte deles é de mulçumanos, comunidade que enfrenta o medo e a incerteza sobre o futuro.
“Todos nós temos parentes. Eu tenho. Todo mundo tem. Todos nós estamos aflitos porque nós temos uma ideia, uma percepção, uma suspeita de que esse será, caminha para ser, pode caminhar para ser o maior banho de sangue da história da palestina", lamentou Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal).
Árabes relatam discriminação
A comunidade árabe, no Brasil, teme que, com o conflito, cresçam os casos de discriminação.
A gente está recebendo ataques constantes. Para quem antes éramos parentes, vizinhos, conhecidos, hoje nós somos terroristas (Mayana Nafe, secretária de Juventude da federação Árabe Brasil)
Apesar da escalada da violência e da preocupação com parentes e amigos, o desejo é que haja paz.
Os palestinos querem a paz. Os palestinos não querem morte de nenhum dos lados (Ualid Rabah)