Juliana Rosa: Banco Central foi "mais duro do que se esperava" com taxa de juros

Governo esperava que o Banco Central sinalizasse com uma redução em agosto, mas isso não deve acontecer

Da Redação

Juliana Rosa, comentarista de economia, analisou a manutenção da taxa Selic em 13,75%. Ela entende que a explicação do Banco Central causou frustração no governo, que tem feito pressão para que a taxa de juros seja reduzida.  

"O Banco Central foi mais duro do que se esperava com a taxa de juros. A manutenção da taxa já era esperada. Mas era esperado que o Banco Central deixasse claro que ia se preparar para cortar. Foi aí que frustrou. Era esperado o corte na próxima reunião, no início de agosto", destacou Juliana.

O Banco Central entende que é importante manter a taxa de juros atual para controlar a inflação. Juliana afirmou que o BC reconhece que a inflação está controlada, mas com ressalvas.

"O Banco Central reconhece que inflação está controlada (3,94%), mas aposta que ela vai subir no 2º semestre - a expectativa é subir para 5,1%. Portanto o BC entende que a inflação vai ficar alta e longe da meta de 3%".

Agora a ideia do BC é ajustar a taxa de juros para 12,25% só no fim de 2023. E depois para 9,5%, em 2024.  

Juliana conseguiu enxergar alguns lados positivos da manifestação do Banco Central. "A parte positiva é que eles pararam de falar que iam aumentar os juros. E não trabalham com a hipótese de manter essa taxa até o fim do ano".

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