Justiça decide manter Marcola, chefe maior do PCC, em presídio federal

Pedido para manter Marcola nos presídios federais partiu da Secretaria de Administração Penitenciária paulista e teve aprovação do Ministério Público

Da redação

Justiça decide manter Marcola, chefe maior do PCC, em presídio federal
Marcola seguirá em presídio federal por mais um ano, decide Justiça de SP
Reprodução/Brasil Urgente

Marcos Willians Herbas Camacho, hoje, é um dos rostos mais conhecidos do Brasil. Com 57 anos, tem mais de séculos em condenações por crimes variados. Com a decisão da Justiça de São Paulo, o homem apontado como o maior criminoso do país, chefão máximo do PCC, vai ficar pelo menos mais um ano no sistema penitenciário federal.

Marcola foi preso por assalto a banco na década de 1990 e nunca mais saiu da cadeia. Mesmo preso nas penitenciárias de São Paulo, inclusive em unidades de segurança máxima, nunca deixou de cometer crimes, comandando tráfico de drogas, assassinatos, torturas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O pedido para manter Marcola nos presídios federais partiu da Secretaria de Administração Penitenciária paulista e teve aprovação do Ministério Público. De acordo com a pasta, "Marcola tem potencial de desestabilizar o sistema carcerário de São Paulo". O criminoso sempre negou ser líder do PCC.

Para manter Marcola no sistema federal, a Justiça sustenta o contrário, que o condenado, além de líder, tem "total e absoluta influencia" no PCC e é o alvo principal de planos de resgate descobertos ao longo dos anos. Foram pelo menos cinco.

O mais ousado dos planos de resgate descobertos previa a invasão da Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no oeste paulista. A ação incluiu explosivos potentes, uso de pelo menos 30 metralhadoras ponto 50 colocadas em veículos blindados, nos moldes dos ataques às grandes transportadoras de valores, e até a contratação de mercenários estrangeiros para o resgate do chefão.

Atualmente, Marcola está na Penitenciária Federal de Brasília. As movimentações acontecem, periodicamente, sempre em sigilo absoluto para evitar tentativas de ataque.

Marcola foi enviado ao sistema federal em 2019, a pedido do Ministério Público de São Paulo. O promotor Lincoln Gakia passou a ser alvo constante de ameaças de morte e perseguição. Ele tem escolta 24 horas por dia, 365 dias por ano.

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